Autor: Dr. Rodrigo Carvalho, Barros De
E-mail: carvalho.rb@uol.com.br
Indaiatuba – Sp - Brasil

 

REPOSIÇÃO VOLÊMICA NO PRÉ-HOSPITALAR: POSSIBILIDADES REAIS

  

Introdução

A ressuscitação com volume por via intravenosa é essencial no manejo do choque hipovolêmico. SHIRES et al. (2005) sugerem que a ressuscitação nesta condição diminui o dano celular, porém, no que concerne ao atendimento pré-hospitalar, este tema permanece controverso (CARRERA et al, 2004) , sendo desconhecidas as reais possibilidades deste tipo de intervenção.

 

Objetivo

IVerificar a real possibiliade de reposição volêmica em vítimas de trauma no ambiente pré-hospitalar.

 

Material e Métodos

O estudo foi realizado em 24 atendimentos. Os dados foram obtidos através da análise dos horários de punção de acesso venoso, chegada ao hospital, volume e valor de pressão arterial sistólica na cena. Foram considerado estáveis hemodinamicamente vítimas com pressão arterial sistólica maior ou igual a 90 mm/Hg. Foram incluídos apenas atendimentos nos quais o tempo para punção foi inferior a três minutos. Foram excluídos os atendimentos nos quais não houve venóclise.

 

Resultados

Houve predomínio de vítimas adulto-jovens do sexo masculino e 19 (79,17%) sofreram punção de acesso venoso. Três atendimentos foram excluídos da amostra por falta de dados. Em média, infundiu-se 1.875 ml, em 50,5 minutos, tempo entre a punção e a chegada ao hospital. Nos atendimentos em que este tempo foi de até 20 minutos, infundiu-se, em média, 1.570 ml. Em 27,78% dos atendimentos, este tempo foi de 21 a 40 minutos, tendo sido administrado, em média, 1.030 ml. Entretanto, neste grupo observou-se o uso de cateteres de menor calibre. Nos atendimentos com este tempo superior a 40 minutos (44,44%), o volume médio infundido foi de 2.833,33 ml e a vazão média foi de 47,87 ml/min. Nas 81,25% (13) vítimas consideradas hemodinamicamente estáveis, o volume médio infundido foi de 1.390,63 ml, com uma vazão média de 46,45 ml/min e utilizando-se o cateter de maior calibre (14) em 53,85% das vítimas. Três (18,75%) foram consideradas hemodinamicamente instáveis, sendo que estas receberam, em média, 2.583,33 ml a 122,57ml/min, utilizando-se cateter 14 e tendo uma recebido duas punções. Ainda, 37,50% (6) receberam menos que 1000ml, sendo que uma (16,67%) apresentava PAS < 90; 18,75% (3) receberam entre 1000 e 2000 ml, todas estáveis hemodinamicamente; 43,75% (7) receberam mais de 2000 ML, estando 28,57% (2) com PAS < 90.

 

Conclusões

Este trabalho demonstrou que é possível a realização de uma reposição volêmica adequada neste tipo de assistência. Nas vítimas com choque avançado, demonstrou-se ser possível a instituição precoce da terapêutica de reposição volêmica, com quantidade adequada de líquido infundido, possibilitando não só a reavaliação do estado hemodinâmico em sala de emergência, mas também a indicação precoce de hemotransfusão.

 

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